Ei, vamos falar
de amor? E quando se fala de amor é
imprescindível que não se esqueça de falar do que sempre deve preceder o amor
entre duas pessoas. Estou falando do amor a si mesmo, da tão falada e pouco
compreendida autoestima. É isso. O
verdadeiro amor tem que ter encanto, admiração, cumplicidade, mas
principalmente autoestima. Sem autoestima ninguém consegue ser amado. Afinal,
se nem eu mesma me amo e admiro, como
poderei despertar no outro a admiração e o encanto? O amor deve ser
declarado. Se correspondido, tem que ser alimentado. Nutrí-lo é demonstrar através de atitudes e
palavras como o ser amado é importante para você. Preste atenção
ao que você sente para saber se é amor. O amor de verdade é sentimento que
eleva e nos torna melhores. Quando estamos amando somos mais felizes, mais
generosos, mais amáveis e mais bondosos. Somos solidários e gentis. Se aquilo
que você sente o deixa triste, amargo, inseguro, ciumento, então não é amor.
Pode ser carência, apego, ou sentimento de posse. Pode ser medo de ficar
sozinho. Pode ser qualquer coisa, mas amor... Ah! Amor não é... O amor não foi
feito pra fazer sofrer. Se faz sofrer não é amor ou é amor contaminado. O amor
é sentimento que vem sempre acompanhado de alegria, entusiasmo, motivação! Amor de verdade
tem começo, tem meio e também pode ter fim, Ninguém deseja que termine, mas se
não for nutrido, por um motivo ou outro, pode um dia morrer, para os dois ou
para um dos envolvidos. Quando morre primeiro
para um dos dois perde o sentido. Por que amor tem que ter correspondência. Vai
e volta. Amor que ama sozinho não é amor. E se
acabar, o que fazer? Primeiro checar se
morreu de verdade ou se está apenas adoecido. Dependendo da doença às vezes o
amor pode ressurgir, às vezes não. Se acabou de
verdade para um dos dois, esse é um momento delicado. Há que revigorar o outro
amor, a autoestima. Hora de
recolhimento e de pedir apoio aos amigos que irão ajudá-lo com outro tipo de
amor. O que você mais precisa nesse momento: Acolhida e amizade. Chorar será
inevitável, sofrer um tanto, também. Mas quanto melhor a autoestima, mais
depressa esse tempo irá passar e um dia você se verá novinho em folha, pronto
para viver novos relacionamentos e, é claro, um novo amor. E jamais diga
aquela terrível frase: “ Eu não vivo sem você”. Vive sim. Todo mundo sobrevive
à morte de um amor. Dizer essa frase é matar, não exatamente a si próprio, mas
à sua autoestima. É se enterrar voluntariamente ( E o que é pior, sozinho ) em
uma tumba emocional. Porque a essas alturas a outra pessoa estará viva e bem
viva. E na maioria das vezes bem longe. E há muitas outras pessoas por aí,
ávidas para viver um grande amor. Junte-se a elas.
Márcia Palis
07/05/2014