... Abra suas asas e voe... Vá ao encontro do sol, das estrelas e de si mesmo...
Você já se sentiu travado, com
medo de fazer alguma coisa diferente em sua vida? Pode ser a tentativa de um
novo emprego, fazer aulas de algum instrumento, viver um novo amor ou
matricular-se em um curso de dança de salão. Pode ser medo de mudar de cidade, receio de falar em público, montar seu próprio
negócio. Pode ser qualquer coisa diferente do que já está acostumado. Acredito
que todos já se viram em situações como essas, e muitas vezes deixaram de
aproveitar oportunidade incríveis, daquelas que só ocorrem uma única vez .
Esse sentimento de medo que paralisa
e não nos permite experimentar coisas novas, é fruto de nossas crenças
limitantes. São auto-conceitos que aprendemos na primeira infância e que ficam
em nosso inconsciente, atravancando e travando nossos atos, nos impedindo de
crescer. Geralmente são pensamentos que surgem devido a críticas de nossos
pais, professores, irmãos mais velhos, amigos e colegas de escola. Esses
pensamentos irão se repetindo, repercutindo em nossa memória inconsciente todas
as vezes que vivenciarmos algum insucesso, e com o tempo nossa baixa autoestima
acabará por adotá-los como nossos. Tornam-se então pré-conceitos que limitam
nosso aprendizado, nossa auto-valorização e nosso progresso em todos os setores
da vida. Tagarelice ultrapassada de nossas mentes, que nos deixa envergonhados
ou sem coragem para vivermos o novo.
Crenças limitantes cimentam
nossas iniciativas, cristalizam nossas capacidades, colocam dentro de um casulo
nossos sonhos e projetos. Vivemos em pequenas tumbas, túmulos apertados
construídos por nós mesmos. Dentro dessas tumbas moram nossas crenças limitantes.
Idéias que já passaram do prazo de validade, já apodreceram. Os anos passam e
continuamos como os faraós do antigo Egito, que mumificavam seus corpos,
pensando com isso estarem se guardando para a eternidade e para o Universo. O
que é eterno e universal é nossa essência, nosso conhecimento e nosso espírito.
Você já ouviu falar em múmias paralíticas? Você já xingou alguém de múmia
paralítica? Pois é, quando nos cimentamos, quando mumificamos os conceitos
sobre nós mesmos, quando prendemos nossas capacidades dentro das crenças
limitantes, estamos nos transformando em múmias paralíticas. È preciso quebrar
essas tumbas para enxergarmos a luz. Não devemos ter medo da luz. Ainda que ela
ofusque nossos olhos no início, logo nos acostumaremos a ela, pois já a conhecemos.
A luz somos nós, é o nosso conhecimento oculto, nossas capacidades, nossa
criatividade, as habilidades que possuímos. Nosso conhecimento é ilimitado e
assim como as crenças limitantes está guardado dentro do inconsciente,
prontinho para ser ativado. Ele só precisa de um estímulo, pois sabe tudo o que
deve ser feito. Por isso, da próxima vez em que se sentir com medo ou vergonha
de fazer algo novo, quando achar que não consegue, coloque em segundo plano as
crenças rígidas, torne-se surdo para a tagarelice de sua mente, tome coragem e
tente. O máximo que pode acontecer é não dar certo, mas sempre existirão novas
oportunidades para novas tentativas. Os pássaros só conseguem voar ao perderem
o medo de abrir as asas e se lançarem no infinito. E o infinito é o caminho das
possibilidades que habita a alma de todos os seres do Universo.
Márcia Palis 28/09/2013